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quarta-feira, 3 de junho de 2009

A mobília que não quer calar!

É sério! Uma mobília de quarto, lindíssima que ganhei quando fiz 13 anos, ou seja, ela tem quase 45 anos! É toda de jacarandá MA-CI-ÇO! Por favor, quem se interessar... Se não interessar pelo menos repasse para amigos e entrem em contato comigo. É prá espalhar que nem rastilho de pólvora, que nem fofoca, gente!

http://www.flickr.com/photos/22823402@N07/sets/72157618717898568/

Comentário de uma pessoa

"Mas a única coisa que não curto é porque o povo que pratica budismo é meio modinha, sabe? Budista de boutique! Eu tenho antipatia disso... Povo vai lá, pratica budismo, fala pro mundo inteiro que são budistas e continuam fazendo merda com os outros. Com a família, com amigos, etc. Sei lá... Parece que o povo não tem muita noção do que é compaixão!"

Ondas

Nossas emoções aflitivas, nossos rompantes de raiva, desespero e descontrole são como ondas raivosas que nos arremessam a outros reinos. Mas, não nos esqueçamos que elas fazem parte do mesmo profundo mar sereno e para lá sempre retornam.










Um ex-surfista americano agora se dedica a uma atividade inusitada: fotografar ondas de dentro delas. Clark Little, de 39 anos, começou a fazer as imagens depois que sua mulher manifestou o desejo de ter uma foto para decorar a casa do casal, no Havaí. Há dois anos, ele vive do dinheiro que ganha com a venda das fotos.
"O mar é minha segunda casa e eu amo o que faço", disse Little. "Não existe para mim aquela sensação de encarar o trabalho como uma obrigação."
O fotógrafo conta que para obter as melhores imagens, ele utiliza uma câmera capaz de obter até dez fotos por segundo. As ondas que ele encara variam entre 90 cm e 4,5 m. Muitas vezes, ele chegou a ser arremessado a até 10 m de distância de sua localização original.
"Sempre existe um risco para mim, por conta da força e tamanho das ondas. Mas minha experiência como surfista me deixa à vontade para encarar as ondas sem medo", afirmou.

Obituário encomendado por Zé Rodrix

Data: Qua, Jun 2, 2004 - 7:34 pm

Felipe:
Em resposta a seu completissimo questionário passo-lhe às mãos minhas especificações para passamento e eventual necrológio.

Há alguns anos, gostaria de ter a causa-mortis preferida de meu pai: assassinado aos 98 anos de idade com um tiro dado por um marido ciumento que o tivesse pego em pleno ato… mas hoje nao mais. Pode ser de fulminante ataque cardiaco, dentro da minha biblioteca, perto o suficiente da familia e dos amigos, mas afastado o bastante para que, alertados pelos cachorros da casa, ja me encontrem morto, com um sorriso nos lábios.

Pode sepultar-me em pleno mar, sob a forma de cinzas, já que não poderei ser sepultado in totum no jardim da minha casa. Se conseguirem isso, no entanto, que nao cobrem entradas para visitação, à moda do irmão da princesa: deixem que, além das pessoas, os passarinhos e os animais da casa se refestelem no lugar, renovando diariamente o eterno ciclo da Natureza.
Ao enterro devem, através de convite formal, comparecer todos que foram aos meus lançamentos de livro: nada mais parecido com um velório do que isso.

Peço parcimônia nos efluvios emocionais: já as risadas devem ser francas e sem limite. Creio inclusive que prepararei com antecedência uma fita de piadas gravadas para animar o velório e manter o pessoal na boa.

Como dizia o Bozo, “sempre rir, sempre rir….”

Lá so deixarei a mim mesmo: mesmo os inimigos que comparecerem para ter certeza de que estou realmente morto podem voltar para casa em paz. Nao pretendo puxar a perna de ninguém à noite e nem assombrá-los depois de morto.

Já os amigos podem contar comigo: havendo vida após a morte, volto para avisar, da maneira mais prática e menos assustadora que me for possivel. A cremação deve ser feita depois que todos forem embora cuidar de seus proprios afazeres: enfrentar as chamas do forno terrestre já será um grande intróito para a vida eterna.

Se conseguir, tentarei ser crooner da grande Orquestra de Jazz doInferno, vulgarmente chamada de SATANAZZ ALL-STARS: como já vou chegar lá tenente ou capitão, dada a minha imensa taxa de maldades realizadas sobre a Terra, creio que nao será dificil. Meu castigo certamente será cantar MPBdQ por toda a eternidade, mas mesmo com isso ainda se pode encontrar algum prazer, assim na terra como no inferno….é o que veremos a seguir.

No enterro podem tocar de tudo, menos as músicas que eu tenha feito. Minha morte servirá certamente para que se livrem não apenas de mim mas também de minhas obras. Os herdeiros também não merecem ouví-las, sabendo que nada herdarão de minha lavra, porque, sendo eu adepto da politica do VAI TRABALHAR,VAGABUNDO, como meu pai fez comigo, já tomei providências para que essas músicas nao lhes rendam nem um tostão furado. Sendo um velório moderno, recomendo músicas de carnaval antigo, as indiscutíveis, claro, com algumas discretas serpentinas e confetes jogadas sobre o caixão, fechado, naturalmente.

Morrer num sábado à tarde, ser enterrado num domingo antes do almoço, e estar completamente esquecido na manhã de segunda, sem atrapalhar a vida profissional de ninguém: eis a perfeição que desejo na minha morte.

Muito grato.

Beijos

Zé Rodrix