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segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Oscar Wilde


"A cada bela impressão que causamos, conquistamos um inimigo. Para ser popular é indispensável ser medíocre."
"A forma de governo mais adequada ao artista é a ausência de governo. Autoridade sobre ele e sua arte é algo de ridículo."
"A arte, felizmente, ainda não soube encobrir a verdade."

O ego e o bolso - Por Ricardo Botelho


Artistas se suicidam pulando do ego. Já ouvimos essa piada muitas vezes (também contada trocando os artistas pelos argentinos). Se algum sujeito que atua com criação não tiver arrepios ao menor sinal de crítica (interferência) ao seu trabalho, não é o autor da criação. Escritor, Jornalista, Ator, Publicitário, Arquiteto ou Design de Interiores. Tanto faz. Todos sofrem do "mal do ego".
Mas atenção: como esses criadores podem de fato criar (especialmente, coisas novas) se não tiverem convicções que não sucumbam facilmente às intervenções exógenas, nunca estimuladoras? Sim, porque críticas construtivas são raras. Começo a crer que as críticas são feitas por aqueles que, de fato, invejam a obra criticada. Quer dizer: são traídos pelo inconsciente, pois na verdade, odeiam não serem os autores da obra. Assim, criticam destrutivamente.
Quando o crítico é o Cliente, muitas vezes, está embutida na crítica uma tática para reduzir o seu valor. Querem pagar pouco e lançam mão da velha prática de por defeito em tudo. A atmosfera se turva, o artista perde a razão e agride. Lá se vai o Cliente. Ego defendido, mas o bolso...
Sei que existem Clientes que compram o "ego do criador". São cada vez mais raros neste mundo sempre dos espertos. Depois do "pai Google" nada mais é verdade absoluta. Contestamos tudo e a todos. Pergunte aos médicos! Como tudo muda toda hora, a verdade agora é relativa. Por isso, vamos usar o ego com finalidade e momento planejados.
Na relação com o Cliente mostre a sua flexibilidade. Deixe-o à vontade. Convide-o a opinar. Use um tom de voz firme, mas tranqüilo, amistoso. Treine isso no espelho. Controle também suas reações fisionômicas. Pratique da mesma forma. 85% da comunicação é não verbal. O gestual é mais relevante. E a comunicação da face, determinante.
Não contra-ataque quando o Cliente faz uma critica. Calma! Agora é hora de colocar o bolso e não o ego à frente. Diga: "posso atender que você não tenha ficado totalmente feliz com isso, mas por favor, me ajude a compreender melhor a sua posição. Me fale um pouco mais sobre seu sentimento."
Faça isso com expressão positiva. Não emburrada. Treine no espelho.
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