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quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Os 5 S do Direito da Vizinhança: Saúde, Segurança, Silêncio, Solidariedade, Sossego.

Quem não reclama seus direitos por não querer se indispor com o vizinho é conivente com seu próprio desconforto ou não sabe conversar cuidadosamente sem ferir. A lei do silêncio já não existe há muito tempo. Caducou. Ela ainda pode valer como um acordo entre cavalheiros, mas, para tanto, há que existir cavalheirismo. Vigora, atualmente, a propalada Poluição Sonora que, sendo violada, dá o direito ao incomodado de reclamar judicialmente, afora o que estiver escrito no Novo Código Civil que promete reviravoltas na educação da sociedade. Aliás, uma educação que deve começar do berço. Literalmente. Hoje em dia, parece que os pais não sabem onde está o limite de um choro sentido e sofrido da birra irritante, nociva e manipulativa de uma criança. Crescendo adolescentes mal educados pegam o carro dos pais para infernizar o trânsito já tão caótico da cidade. Usam o apartamento desalugado, também dos pais, para fazer festinhas e sexo barulhento e constrangedor em prédios estritamente familiares. Tanto estes adolescentes quanto estas crianças vão, um dia, ser adultos e podem chegar a exercer cargos de governo. Já pensou? Pessoalmente, acho que o que vale é o bom senso e a inteligência. Vejamos:

1) O padeiro tem que dormir bem, senão, de manhã cedinho, ele não vai fazer um pãozinho legal para você.

2) O guarda noturno mal dormido de dia vai dormir à noite, no serviço, e não nos garantirá nenhuma segurança.

3) Os bebês precisam dormir de dia. Um sono interrompido, inexistente ou de má qualidade interferirá na saúde deles e crescerão irritadiços.

4) O estudante precisa de silêncio para se concentrar nos estudos.

5) O idoso já não é, pela própria idade, uma pessoa cem por cento sadia; precisa descansar.
6) O doente crônico também precisa de repouso. O que se dirá de uma pessoa gripada, com febre, mal estar e dores e que está de cama? Aí, pessoal – tenham dó – já é um caso de compaixão. E se esse doente fosse um parente seu, um filho, um pai, uma mãe ou até você mesmo?
Reflita um pouco antes de achar que você mora sozinho, numa ilha deserta e que pode fazer qualquer barulho que não vai incomodar ninguém!